domingo, 13 de dezembro de 2009

as conseqüências do Bullying sobre o ambiente escolar



Quando não há intervenções efetivas contra o BULLYING, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Alguns alunos, que testemunham as situações de BULLYING, quando percebem que o comportamento agressivo não trás nenhuma conseqüência a quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo.

Alguns dos casos citados na imprensa, como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, nos quais um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse a sua frente, retratavam reações de crianças vítimas de BULLYING. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso:

- depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram a arma como instrumento de "superação” do poder que os subjugava.
- seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram os alunos que os agrediam ou intimidavam. Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos da escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e sofrimento.

As medidas adotadas pela escola para o controle do BULLYING, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.

Quais são as conseqüências possíveis para os alvos?

As crianças que sofrem BULLYING, dependendo de suas características individuais e de suas relações com os meios em que vivem, em especial as famílias, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos na escola. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa auto-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento. Poderão assumir, também, um comportamento agressivo. Mais tarde poderão vir a sofrer ou a praticar o BULLYING no trabalho (Workplace BULLYING). Em casos extremos, alguns deles poderão tentar ou a cometer suicídio


E para os autores?

Aqueles que praticam Bullying contra seus colega poderão levar para a vida adulta o mesmo comportamento anti-social, adotando atitudes agressivas no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho.
Estudos realizados em diversos países já sinalizam para a possibilidade de que autores de Bullying na época da escola venham a se envolver, mais tarde, em atos de delinqüência ou criminosos.

E quanto às testemunhas?

As testemunhas também se vêem afetadas por esse ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar as próximas vítimas.


ENCONTRADO EM: http://www.bullying.com.br/index.html

o Bullying envolve muita gente!!!



O que é Bullying?

O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.

Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de BULLYING possíveis, o quadro, a seguir, relaciona algumas ações que podem estar presentes:


Colocar apelidos
Ofender
Zoar
Gozar
Encarnar
Sacanear
Humilhar
Fazer sofrer
Discriminar
Excluir
Isolar
Ignorar
Intimidar
Perseguir
Assediar
Aterrorizar
Amedrontar
Tiranizar
Dominar
Agredir
Bater
Chutar
Empurrar
Ferir
Roubar
Quebrar pertences

E onde o Bullying ocorre?

O BULLYING é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de BULLYING entre seus alunos, ou desconhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo.

De que maneira os alunos se envolvem com o Bullying?

Seja qual for a atuação de cada aluno, algumas características podem ser destacadas, como relacionadas aos papeis que venham a representar:

- alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem BULLYING;
- alvos/autores de Bullying - são os alunos que ora sofrem, ora praticam BULLYING;
- autores de Bullying - são os alunos que só praticam BULLYING;
- testemunhas de Bullying - são os alunos que não sofrem nem praticam Bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.

§ Os autores são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou explosivo. Admite-se que os que praticam o BULLYING têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas.

§ Os alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as conseqüências dos comportamentos de outros e que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns crêem ser merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os estudos. Há jovens que estrema depressão acabam tentando ou cometendo o suicídio.

§ As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas". Apesar de não sofrerem as agressões diretamente, muitas delas podem se sentir incomodadas com o que vêem e inseguras sobre o que fazer. Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito a aprender em um ambiente seguro, solidário e sem temores. Tudo
isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente.

E o Bullying envolve muita gente?

A pesquisa mais extensa sobre BULLYING, realizada na Grã Bretanha, registra que 37% dos alunos do primeiro grau e 10% do segundo grau admitem ter sofrido BULLYING, pelo menos, uma vez por semana.

O levantamento realizado pela ABRAPIA, em 2002, envolvendo 5875 estudantes de 5a a 8a séries, de onze escolas localizadas no município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de Bullying, naquele ano, sendo 16,9% alvos, 10,9% alvos/autores e 12,7% autores de Bullying.

Os meninos, com uma freqüência muito maior, estão mais envolvidos com o Bullying, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, embora com menor freqüência, o BULLYING também ocorre e se caracteriza, principalmente, como prática de exclusão ou difamação.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Pedagogia Hospitalar

Sabemos que a Pedagogia é um campo de atuação da educação que lida com o processo de construção do conhecimento, e que o
profissional dessa área é o mais apto a mediar e nortear a educação, que por sua vez é guiada pela fixação de regras que só se colocam por conta da existência de objetivos educacionais. Por outro lado sabemos que o ambiente hospitalar, é um centro de referência e tratamento de saúde, que acaba por gerar um ambiente muitas vezes de dor, sofrimento e morte, causando uma forma de ruptura dessas crianças e adolescentes com os laços que mantém com seu cotidiano e produção da existência da construção de sua própria aprendizagem. Mediante a problemática de saúde que requeriam hospitalização, independente do tempo de internação, através das políticas públicas e estudos acadêmicos, surge a necessidade da implantação da Pedagogia Hospitalar. O atendimento pedagógico em ambiente hospitalar é reconhecido pela legislação brasileira como direito da continuidade de escolarização aquelas crianças e adolescentes que se encontrem hospitalizados (CNDCA 1995). O atendimento Pedagógico Hospitalar teve seu inicio na década de 50, na Cidade do Rio de Janeiro no Hospital Escola Menino Jesus, serviço esse que se mantêm até atualidade; servindo como um resgate da criança e ou adolescente, fazendo um elo entre sua realidade atual, como interno, e a vida cotidiana. O Profissional que atua na Pedagogia Hospitalar, tem formação de educador e que por meio de diversas atividades pedagógicas, acompanha e intervêm no processo de aprendizagem do educando, além de fornecer subsídios para a compreensão do processo de elaboração da doença e da morte, explicar procedimentos médicos e auxiliar a criança e o adolescente na adaptação hospitalar, dando oportunidade para que os mesmos possam exercer seus direitos de cidadãos. A Pedagogia Hospitalar, dividi-se, basicamente em três modalidades: Classe Hospitalar – Refere-se á escola no ambiente hospitalar na circunstancia de internação temporária ou permanente, garantindo o vinculo com a escola e/ou favorecendo o seu ingresso ou retorno ao seu grupo escolar correspondente. Brinquedoteca – Brincar é muito importante para a criança, pois é por meio desta ação que ela usufrua de plenas oportunidades que possibilita desenvolver novas competências e aprender sobre o mundo, sobre as pessoas, e sobre si mesma. A brinquedoteca socializa o brinquedo, resgata brincadeiras tradicionais, e é o espaço onde está assegurado á criança o direito de brincar. Recreação Hospitalar – Atividade que oferece a oportunidade da criança brincar, mas brincar não se limita somente ao contato ou interação com o objeto brinquedo, fundamental é constituir a possibilidade de uma atividade que pode ser realizada em um espaço interno ou externo.




A LEGISLAÇÃO QUE REGE O ATENDIMENTO PEDAGÓGICO HOSPITALAR



A educação é um direito de toda e qualquer criança ou adolescente, e isso inclui o universo da criança e do adolescente hospitalizado, que iremos daqui por diante tratar apenas como criança hospitalizada.
A legislação brasileira reconhece tal direito através da Constituição Federal de 1988, da Lei n. 1.044/69, da Lei n. 6.202/75, da Lei n. 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente, da Resolução n. 41/95 do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Lei n. 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, da Resolução n. 02/01 do Conselho Nacional de Educação. A esta modalidade de atendimento educacional denomina-se Classe Hospitalar, que segundo a Política Nacional de Educação Especial, publicada pelo MEC – Ministério da Educação e da Cultura, em Brasília, em 1994, visa ao atendimento pedagógico às crianças e adolescentes que, devido às condições especiais de saúde, encontram-se hospitalizados.
De acordo com esse decreto, os alunos que se encaixam na condição de "merecedores de tratamento excepcional", têm direito, segundo o artigo 3º, a "exercícios domiciliares com acompanhamento da escola, sempre que compatíveis com o seu estado de saúde e as possibilidades do estabelecimento" (BRASIL, 1969). Note-se que esse artigo contempla a possibilidade de atividade pedagógica para alunos apenas em suas residências, não havendo distinção para os encaminhamentos necessários em caso de hospitalização.

terça-feira, 9 de junho de 2009

A UTILIZAÇÃO DO BLOG NA EDUCAÇÃO por Margarida Elisa Ehrhardt Ferreira

A informática educativa possibilita muitos caminhos para que o professor realize suas aulas de uma forma interessante, diante do mundo tecnológico em que vivemos. Dominar técnicas de informática, para assim aplicá-las á educação é um dos grandes desafios de hoje, para os profissionais da educação.Muitos recursos são utilizados para que se obtenha êxito na aprendizagem, e um em especial que iremos tratar neste artigo oferece muitas possibilidades de desenvolvimento das potencialidades humanas : o Blog.Qualquer recurso conta com limitações, mas aqui colocaremos algumas das vantagens e possibilidades do uso do blog nas escolas como alternativa de aprendizagem.BLOGSOs blogs são páginas na internet (Web), que utilizam os protocolos de transmissão de dados e contam com um servidor para armazenar as informações que apresenta e que precisam ser atualizados com freqüência.Historicamente, surgiram no final de 2001, no site Blogger.com.Apresenta-se com uma linha de tempo para as postagens , abarcando uma infinidade de assuntos que vão desde diários , piadas, links, notícias, poesias, artigos, idéias, fotografias e tudo mais que seja possível para sua atualização.Quando “no ar” , isto é, postado na web, qualquer pessoa pode acessá-lo.Sendo uma excelente forma de comunicação, permite que grupos e pessoas interem-se sem restrição temporal, pois o leitor pode registrar comentários acerca da exposição do blog.BLOGS E EDUCAÇÃOPensando enquanto educador, como esta ferramenta valiosa pode contribuir em nossa prática pedagógica diária?
Veja a continuação desse artigo no link abaixo...

http://www.webartigos.com/articles/2017/1/a-utilizaccedilatildeo-do-blog-na-educaccedilatildeo/pagina1.html

segunda-feira, 8 de junho de 2009

FrAsEs e pEnSaMeNtOs: EdUcAçÃo


"O importante da educação não é apenas formar um mercado de trabalho, mas formar uma nação, com gente capaz de pensar. "(José Arthur Giannotti)

"O grande segredo da educação pública de hoje é sua incapacidade de distinguir conhecimento e sabedoria. Forma a mente e despreza o caráter e o coração. As conseqüências são estas que se vê. "(Theodore Palmquistes)

"Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo". (Paulo Freire)

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. " (Paulo Freire)

"Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra. "(Anísio Teixeira)

"Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido. "(Arthur Lewis)

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."(Jean Piaget)

"Educar é educar-se na prática da liberdade, é tarefa daqueles que sabem que pouco sabem - por isso sabem algo e podem assim chegar a saber mais - em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para estes, transformando seu pensar que nada sabem em saber que pouco sabem, possam igualmente saber mais."(Paulo Freire)

"A educação, no sentido em que a entendo, pode ser definida como a formação, por meio da instrução, de certos hábitos mentais e de certa perspectiva em relação à vida e ao mundo. Resta indagar de nós mesmos, que hábitos mentais e que gênero de perspectiva pode-se esperar como resultado da instrução? Um vez respondida essa questão, podemos tentar decidir com o que a ciência pode contribuir para a formação dos hábitos e da perspectiva que desejamos."(Bertrand Russell)

"A educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana, com todos os seus poderes funcionando com harmonia e completa, em relação à natureza e à sociedade. Além do mais, era o mesmo processo pelo qual a humanidade, como um todo, se elevando do plano animal e continuaria a se desenvolver até sua condição atual. Implica tanto a evolução individual quanto a universal."(Friedrich Froebel

"Por isso a alfabetização não pode ser feita de cima para baixo, como uma dádiva ou uma imposição, mas de dentro para fora, pelo próprio analfabeto e apenas com a colaboração do educador"."Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo; os homens educam-se entre si, mediados pelo mundo". (Paulo Freire)

domingo, 7 de junho de 2009

A Síndrome de Burnout: CUIDADO PROFESSOR!!

Por meio de estudos realizados (Carlotto, 2002; Codo, 2000; Moura, 1997; Esteves, 1994), constatase grande número de docentes irritados, desmotivados, cansados, sem encontrar significado pessoal no seu trabalho e sentindo-se desvalorizados profissionalmente. Essa condição de desistência emocional no trabalho é considerada como um malestar docente encontrado em toda sociedade ocidental (Jesus, 1998).

No Brasil, já existe legislação neste sentido, a Lei nº 3.048/99 (Lei que regulamenta a Previdência Social), que contempla a Síndrome de Esgotamento Profissional (Burnout) como doença do trabalho. A situação nos Estados Unidos é tão grave, que a profissão é considerada como de alto risco, pelas companhias de seguro americanas.
A Síndrome de Burnout é um termo psicológico que descreve o estado de exaustão prolongada e diminuição de interesse, especialmente em relação ao trabalho. O termo burnout (do inglês "combustão completa") descreve principalmente a sensação de exaustão da pessoa acometida. Burnout significa em português, algo como “perder o fogo”, “perder a energia”, ou ”queimar-se complemente”.

A Síndrome de Burnout é entendida por Maslach e Jackson (1981) como um conceito multidimensional envolvendo três componentes;
Exaustão Emocional: sensação de esgotamento, de falta de energia e de recursos emocionais próprios para resolver os problemas diários. Este é o aspecto individual da síndrome;
Despersonalização: é o resultado da ocorrência de sentimentos e atitudes negativas para com a pessoa de que cuida (alunos, pacientes, clientes), dirigindose a elas com indiferença, frieza, ironia e cinismo, ou seja, uma “coisificação” da relação, sendo este o fator interpessoal de burnout.
Reduzida Realização Profissional: sentimentos de insatisfação profissional, de fracasso laboral, baixa autoestima, desmotivação e diminuição da eficiência no trabalho (Abreu, Stoll, Ramos, Baumgardt & Kristensen, 2002).

Burnout surge quando o docente sente que seus recursos próprios são perdidos ou inadequados frente às exigências de seu trabalho e que trazem um retorno insatisfatório para suas próprias demandas de autoestima e reconhecimento profissional e social (Codo & Vasques-Menezes, 2000). Esta situação é agravada quando os suportes social e afetivo do professor apresentam-se enfraquecidos ou mesmo ausentes. Buscando a resolução de problemas comuns e o fortalecimento de apoio mútuo, Jesus (2001) valoriza o trabalho de equipe, entre os docentes, como sendo o meio mais importante para a prevenção e superação do esgotamento profissional.



A Pedagogia Tem de Tudo

Na turma da pedagogia VII
Da UNEB Campus X,
Muita espécie de gente pode-se encontrar!
São pessoas pra quase todos os estilos e contradições:
Tem estrelas e cometas;
Tem os sabe-tudo e os dedicados;
Há os espertinhos e os linguarudos;
Tem gente meiga, educadinha...
Mas tem os que não economizam nas palavras, os famosos estourados...
Encontramos os sonhadores e os lutadores;
Como em todo grupo tem os faz-tudo e os faz-nada.
Tem os inteligentes, os criativos e os esforçados.
Não se pode esquecer dos pra - frentes e dos recatados...
Tem as patrícias e quem sonha a ser garanhão...
Tem os pontuais e os embaraçados,
Tem os já professores e os aprendizes...
Tem quem ame Pedagogia,
Tem os que estão aprendendo a gostar,
E têm aqueles que ainda não sabem o que fazem lá...
Mas o que mais se encontra naquele lugar
É gente com vontade de vencer,
Que sonha com o dia do troféu receber.
E de quem sabe uma profissão exercer.

A Pedagogia

A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução). Aqueles que os gregos antigos chamavam de “pedagogo” era o escravo que levava a criança para o local da relação ensino-aprendizagem; não era exclusivamente um instrutor, ao contrário, era um condutor, alguém responsável pela melhoria da conduta geral do estudante, moral e intelectual. Ou seja, o escravo pedagogo tinha a norma para a boa educação; se, por acaso, precisasse de especialistas para a instrução – e é certo que precisava –, conduzia a criança até lugares específicos, os lugares próprios para o “ensino de idiomas, de gramática e cálculo”, de um lado, e para a “educação corporal”, de outro.

Atualmente, denomina-se pedagogo o profissional cuja formação é a Pedagogia, que no Brasil é uma graduação da categoria Licenciatura ou Gestão Escolar (administração escolar, orientação pedagógica e coordenação educacional). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação -LDB, nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, baseada no princípio do direito universal que rege a educação para todos, bem como uma série de mudanças voltadas para a garantia da educação básica, resalva o seguinte:

Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.

A Pedagogia não está restrita apenas, aos muros escolares, ela se estende para além deles e amplia-se, na medida em que a educação, veloz e sem fronteiras configurada na sociedade atual, necessita humanizar as relações, visto a impessoalidade fazer parte do cenário social atual. Pensando assim, ela se estende para os diversos segmentos sociais, como empresas, órgãos governamentais, instituições e entidades, centros de reabilitação para dependentes químicos, e campos da medicina, como fisioterapia, tratamento pós-cirúrgico, etc.

Drieli Machado, junho de 2006.