domingo, 7 de junho de 2009

A Síndrome de Burnout: CUIDADO PROFESSOR!!

Por meio de estudos realizados (Carlotto, 2002; Codo, 2000; Moura, 1997; Esteves, 1994), constatase grande número de docentes irritados, desmotivados, cansados, sem encontrar significado pessoal no seu trabalho e sentindo-se desvalorizados profissionalmente. Essa condição de desistência emocional no trabalho é considerada como um malestar docente encontrado em toda sociedade ocidental (Jesus, 1998).

No Brasil, já existe legislação neste sentido, a Lei nº 3.048/99 (Lei que regulamenta a Previdência Social), que contempla a Síndrome de Esgotamento Profissional (Burnout) como doença do trabalho. A situação nos Estados Unidos é tão grave, que a profissão é considerada como de alto risco, pelas companhias de seguro americanas.
A Síndrome de Burnout é um termo psicológico que descreve o estado de exaustão prolongada e diminuição de interesse, especialmente em relação ao trabalho. O termo burnout (do inglês "combustão completa") descreve principalmente a sensação de exaustão da pessoa acometida. Burnout significa em português, algo como “perder o fogo”, “perder a energia”, ou ”queimar-se complemente”.

A Síndrome de Burnout é entendida por Maslach e Jackson (1981) como um conceito multidimensional envolvendo três componentes;
Exaustão Emocional: sensação de esgotamento, de falta de energia e de recursos emocionais próprios para resolver os problemas diários. Este é o aspecto individual da síndrome;
Despersonalização: é o resultado da ocorrência de sentimentos e atitudes negativas para com a pessoa de que cuida (alunos, pacientes, clientes), dirigindose a elas com indiferença, frieza, ironia e cinismo, ou seja, uma “coisificação” da relação, sendo este o fator interpessoal de burnout.
Reduzida Realização Profissional: sentimentos de insatisfação profissional, de fracasso laboral, baixa autoestima, desmotivação e diminuição da eficiência no trabalho (Abreu, Stoll, Ramos, Baumgardt & Kristensen, 2002).

Burnout surge quando o docente sente que seus recursos próprios são perdidos ou inadequados frente às exigências de seu trabalho e que trazem um retorno insatisfatório para suas próprias demandas de autoestima e reconhecimento profissional e social (Codo & Vasques-Menezes, 2000). Esta situação é agravada quando os suportes social e afetivo do professor apresentam-se enfraquecidos ou mesmo ausentes. Buscando a resolução de problemas comuns e o fortalecimento de apoio mútuo, Jesus (2001) valoriza o trabalho de equipe, entre os docentes, como sendo o meio mais importante para a prevenção e superação do esgotamento profissional.



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